O fim do mundo (1)

Há alguns anos o jogo "Plague Inc" se tornou uma grande sensação tanto nos consoles e PCs quantos nos dispositivos móveis ao redor do globo. Sua dinâmica de funcionamento, jogabilidade intuitiva e embasamento científico com cenários responsivos as estratégias dos jogadores foram, sem dúvidas, uma grande vantagem competitiva. Aqui o objetivo do jogo é bem simples: erradicação de todos os seres humanos da face da Terra! Brilhante! 👏👏👏

Entre meados de fevereiro e início de março de 2020 o governo chinês bloqueou o download do aplicativo na Playstore devido ao boom de milhões de downloads, mesmo o apogeu do game sendo há cerca de meia década atrás. Por que da proibição? A proliferação do novo corona vírus.

Isso é apenas o começo senhoras e senhores, que os jogos comecem...

O caminho do Arcano (final)

Ela finalmente se depara com a entidade, limpa sua mente e dá seu último suspiro como mortal, sabe que após esse confronto ou será apagada da existência ou, ela própria, tomará o lugar da entidade. Não há meio termo e muito menos volta agora.

Conforme o embate se desenrola ela cita, como um mantra, o último ensinamento de sua antiga mestra:

"Nunca esqueça que o poder é uma lâmina de dois gumes,

De um lado luz, do outro escuridão.

A tentação vem, quando o desespero se instala,

Quando a vitória exige um sacrifício supremo.

Mas uma dádiva de tal importância tem um custo,

E muitos aceitam essa barganha com avidez, 

Os justos e os fracos terão medo de pagar tal preço, porque não enxergam o futuro.

Não é o poder que deve ser temido, e sim aqueles que farão uso dele!"

(...)

Fim.

Éramos Seis (1)

Eu e elas, elas e eu, apenas nós seis vagando por aí, e nos encontramos como que por acaso. Não estávamos perdidos e sim nos procurando...

Em 6 meses nossas vidas se tocaram e começaram a se transformar, iniciou-se um belo prólogo.

Minha essência taurina e minha lua escorpiana se manifestando na forma de duas lindas mulheres, forjando em aliança e escrevendo um contrato de amor em nossas peles. Eu no meio da Arlequina e da Hera, quanta honra!

Obrigado por existirem, passei minha vida inteira procurando um amor perfeito como o de vocês, como o de nós 6...

A torre de Gêmeos (3) / Teimosia Taurina (5)

Blá blá blá ad infinitum...

E pra cada argumento vinha uma rebatida, um comentário e uma provocação. Era uma criatura deveras irritante e instigante. Minha lógica não servia de nada. Afiada e elegante, precisa e delicada... A melhor estratégia seria a retirada, mas em algumas circunstâncias é necessário perder para ganhar, analisar o desfecho mais a frente, usar a torre de isca para tomar a rainha...

O urro do leão (3)

Olho para trás décimos de segundos antes da onda de choque me tocar. Ao contrário das vezes que estava com a guarda alta o ar vem como um chicote direto no plexo cardíaco ativando meu sistema simpático. A descarga de adrenalina percorre minha medula espinhal causando uma sensação específica de luta ou fuga.
Concentro minha mente em uma das respostas mais automáticas que tenho "a raiva é mais útil!"

Sincronicamente encontro o oposto complementar do leão que emitiu o urro em um contexto profissional o que me acalenta a alma "o leãozinho / gatinho tímido não necessariamente é um perfil ruim, como quase tudo nesse universo existe um ponto de equilíbrio, a outra face da moeda".

Elas são tão iguais e tão diferentes que minhas esperanças se renovam. Volto a ficar de pé e respiro profundamente para que minha vibração volte ao normal.

A compulsão nossa de cada dia (4)

Sinta, mas não pense.
Pense, mas não deseje.
Deseje, mas não olhe.
Olhe, mas não toque.
Toque, mas não cheire.
Cheire, mas não morda.
Morda, mas não mastigue.
Mastigue, mas não engula.
Engula, mas não se farta.
Farte-se, mas não exagere.
Exagere, mas não vicie.
Vicie-se e deixe de sentir...

Sob a luz do meu isqueiro (4) / A torre de gêmeos (2)

Enchendo completamente a mesa com latas e copos tento disfarçar o nervosismo:
- Ai linda, queria conversar...
- Claro
Ela meio que provoca e meio que acolhe enquanto eu saco meu isqueiro. A luz turquesa dos seus olhos me atingem como kriptonita:
- Você não fuma, não é mesmo?
- Às vezes...
As mãos dela são ágeis e ela mostra em poucos segundos que não está de brincadeira. Sinto um embrulho familiar no estômago, como um pássaro que foi convidado para o jantar por um gato. Ela queria prosseguir:
- Só conversar...
Paro de escutar suas palavras enquanto meus pensamentos me buzinam "como que em tão poucos segundos fui do bravo ao totalmente desarmado... vish" Guardo o maço de cigarros e desisto de acender naquele instante...