terça-feira, 23 de abril de 2013

The hunter and the prey (4)









Correndo até não suportar mais ela se esconde. Encolhendo-se em um canto sujo ao tentar fazer de seu medo uma camuflagem, sua mente racional ficou para trás na disparada junto com o que trazia em suas mãos restando apenas o instinto de sobrevivência. A sensação é tão visceral que o pânico lhe observa faminto à distância. Os rastros são tão legíveis como uma trilha de migalhas e sua respiração tão pesada que a ensurdece. Sabemos que o desfecho é inevitável e isso me sacia por enquanto.

Por alguns minutos eternos vasculho a concha de retalhos de meu vocabulário para dar um nome ao jogo, mas prefiro me abster e observar soltando os cachorros do pânico pra lhe fazer companhia na medida em que sua adrenalina desce. Tique-taque... Que lindos cãezinhos do inferno.


Pega! (um riso torpe crescente envolve a noite)



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