terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A serpente, o touro e a águia (2)




Minhas repetidas investidas me levam ao limite da exaustão, preparo-me para outra, mas uma figura azul se aproxima da cena interrompendo nossa dança. Com um simples gesto de mão aprisiona a peçonhenta em uma esquife de gelo, que degelará apenas no equinócio da primavera, nem tive tempo de esperar meu reforço chifrudo e em surpresa fico imóvel, apenas observo de onde considero uma distância segura. Sem baixar a mão ela faz um movimento me chamando, não sinto nada e minha mente está limpa apenas vou em sua direção como que por encanto, me conduz até belas pradarias floridas com promessas de pastos mais verdejantes e apenas sigo desconfiado se ela me conduzirá ao abatedouro, nem sinal da águia por enquanto...

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