quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Transtorno de Personalidade: Borderline (1)








TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE (LIMÍTROFE)
Limite do que? Para a abordagem psicanalítica tradicional pode-se caracterizar essas pessoas “no limite” da neurose e da psicose.

Adolf Stern: Foi o que escreveu o primeiro trabalho psicanalítico que usava o termo "borderline", em 1932, referindo-se a um grupo de pacientes que aparentemente exibia uma forma branda de esquizofrenia, beirando na fronteira da neurose e psicose.

Pode-se caracterizar a patologia por narcisismo, “sangramento psíquico”, hipersensibilidade desordenada, rigidez psíquica, reações terapêuticas negativas, sentimentos de inferioridade, masoquismo, ansiedade somática, projeção maciça (identificação projetiva) e dificuldade no teste da realidade.




Atenção aos sinais:
Aos 10 anos de idade:
- já é um indivíduo hipersensível aos estímulos, mais do que o esperado para sua baixa maturidade emocional.
- Síndrome da criança abusada (abuso e/ou abandono real ou apenas psicológico).

Aos 15:
- Pode se tornar um adolescente borderline que é quando, normalmente surge os comportamentos compulsivos, alta impulsividade e comorbidades.
- Atentar aos comportamentos agressivos e auto-agressivos, uso de drogas e promiscuidade.

Aos 20:
-Já pode ser categorizado como “Transtorno de Personalidade Borderline”
- Intensificação de comportamentos da impulsividade e comportamentos automutilantes como se cortar, se bater, queimar, entre outros (não relacionados com tentativas de suicídios e sim para aplacar ansiedade e/ou sentimento de vazio crônico comum aos borderlines).
-Normalmente quando surge as primeiras tentativas de suicídios.

AOS 25 ANOS: Nível crítico do distúrbio /Auge dos sintomas (na maioria dos casos quando são diagnosticados e/ou internados em instituições pela primeira vez)
Mais raramente apresentam sintomas psicóticos: se sentirem observados, perseguidos, ridicularizados e ou comentadas (delírios de referência e/ou persecutoriedade). Maior incidência em mulheres e alto índice de suicídio.

Fatores intensificadores de risco aumentado para:
Compras Compulsivas.
Sexo de risco.
Comer Compulsivo, Bulimia, Anorexia.
Depressão.
Distúrbios de Ansiedade.
Abuso de substâncias.
Transtorno Afetivo Bipolar.
Outros Transtornos de Personalidade.
Violência (não só sexual), abusos e abandono, por causa da impulsividade e da falta de crítica para escolher novos parceiros.


Embora o Transtorno da Personalidade Anti-Social e o Transtorno da Personalidade Borderline caracterizem-se, ambos, por um comportamento manipulador, os indivíduos com Transtorno da Personalidade Anti-Social manipulam para obter vantagens, poder ou alguma outra gratificação material, ao passo que no Transtorno da Personalidade Borderline o comportamento manipulador se destina mais a envolver as pessoas que o indivíduo considera importantes. Tanto o Transtorno da Personalidade Dependente quanto o Transtorno da Personalidade Borderline caracterizam-se por um medo do abandono; entretanto, o indivíduo com Transtorno da Personalidade Borderline reage ao abandono com sentimentos de vazio emocional, raiva e reclamações, ao passo que o indivíduo com Transtorno da Personalidade Dependente reage com crescente submissão e docilidade e busca urgentemente um relacionamento substituto que lhe dê atenção e cuidados.

O Transtorno da Personalidade Borderline pode ser também distinguido do Transtorno da Personalidade Dependente pelo padrão típico de relacionamentos instáveis e intensos.
O Transtorno da Personalidade Borderline deve ser diferenciado de uma Alteração da Personalidade Devido a uma Condição Médica Geral, na qual os traços emergem devido aos efeitos diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central. Ele também deve ser diferenciado de sintomas que podem desenvolver-se em associação com o uso crônico de uma substância (por ex., Transtorno Relacionado à Cocaína Sem Outra Especificação).
O Transtorno da Personalidade Borderline deve ser distinguido de um Problema de Identidade, um diagnóstico reservado a preocupações quanto à identidade relacionadas a uma fase do desenvolvimento (por exemplo adolescência) que não se qualificam como um transtorno mental.

Abordagem do CID-10 e DSM-IV é interessante para uma uniformização de dados e para pesquisas, porém não se aplica muito para fins clínicos, visto que não distingue casos de maior ou menor gravidade, apenas descreve os sintomas e não busca entender as questões do funcionamento da pessoa com esta patologia.


Apresentam uma resposta peculiar menos intensa ao uso das diferentes medicações em relação a pacientes com outras patologias. Já vêm rotulados como pacientes difíceis, intrusivos, estranhos e invasivos. (ficar atendo ao sentimento desperto por eles).
“Não há meio-termo; nenhuma área cinzenta, as pessoas estão um dia idolatrado; totalmente desvalorizada e rejeitou o próximo. Quando a pessoa idealizada finalmente o decepciona a fronteira deve reestruturar drasticamente sua concepção unidimensional. Ou o ídolo é banido para as masmorras, ou a fronteira expulsa-se a fim de preservar a imagem de todos os bons da outra pessoa”




É uma patologia grave, com grandes prejuízos para a pessoa nos âmbitos sociais, ocupacionais, intra e interpessoais...

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