segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Palavras de um colega (1)




Postado por Fernando Cadastro via facebook:

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O Psicólogo...Quem são? Uma Aproximação Incerta!


Ciência não possui uma definição fixa, mas há de existir alguns critérios que ponderam o julgamento racional, entre eles:


- obter elementos numa quantidade suficiente e circunscrita para a formação de uma amostra delimitada e representativa;
- analisar quantitativa e/ou qualitativamente a partir da coleção de dados obtida; 
- considerar que os resultados obtidos representam apenas uma fotografia da micro-realidade apreendida e assim não podem ser tomados como fatos que permitem generalizações universalizantes ou induções meta-empíricas a menos que seja a título de hipóteses;
- considerar que o resultado obtido é passível de refutação, portanto falível e incompleto;
- considerar que os resultados obtidos estão intimamente relacionados com a observação efetuada, portanto são amostras enviesadas pelo olhar daquele que empreende o estudo; 


Em suma, é de conhecimento que existem profissionais da área da psicologia que utilizam a carteira profissional para declamar profecias, atuarem como charlatões visionários, construírem julgamentos nublados pelo misticismo e a fantasia!


Atenção, ciência é um conhecimento organizado e racional que se desenrola com técnicas de observação que partem de elementos obtidos da experiência exterior e interior (no caso do psicólogo!).


Ainda mais, no caso da psicologia o cientista deve estar consciente de que suas elaborações estão vinculadas às influências inconscientes que emanam da relação do próprio profissional com sua história, com seu tempo, com as pessoas com quem se relaciona, com a cultura em que está inserido. 


Quando dizemos inconsciente englobamos todos os fenômenos bio-psico-sociais que culminam no contexto atual, ou seja, um complexo de elementos que em conluio com o processo histórico e evolutivo constroem a rede virtual da realidade humana! Realidade que está obscurecida com a ausência de inteligência dirigida para o conhecimento ainda não desenvolvido e que clama por um reconhecimento simbólico para que possa ser integrado à dimensão consciente e sempre de forma parcial.


Assim, reafirmo, psicólogo não é profeta, santo, padre, visionário, pai de santo, louco, xamã, ou qualquer outra personagem cultural aqui considerada com todo respeito!


Psicólogo é um cientista da área de humanas que trabalha visando a precisão e que utilizando métodos exatos, prioriza uma integração do paciente com sua experiência emocional que pode ou não promover uma cura voltada para o bem-estar. 


Isto é, uma vez que a sociedade atual valoriza a felicidade como ideal norteador, não há como garantir que este será um resultado obtido num vínculo terapêutico! 


Concluindo, não é porque usamos nossa própria experiência emocional como bússola que nos guia em complemento às nossas técnicas de condução de cada projeto novo, ou seja, não é porque reconhecemos o envolvimento do nosso SER em nosso trabalho, que temos necessariamente que ser considerados por nós próprios ou pelos outros como algum tipo de curandeiro mitológico moderno!"

2 comentários:

  1. A magia que envolve a aproximação das pessoas entorno da figura do psicólogo deve ser administrada como motor que fundamenta a prática, mas nunca afirmada como meio de sustentação desta, assim compreende-se a importância terapêutica do ouvir e do semblante em que se faz o profissional que termina por mascarar todas as personagem místicas que se pode produzir através da cultura!

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  2. frases longas com exclamação ao fim...
    estilo rebuscado, descritivo e detalhista como um bom romântico que reflete seu discurso e postura em relação do mundo, cara... vc é fodelão
    obrigado por tudo... sempre!
    é nóis em 2012 parceiro... grande abraço

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