quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Agulhada no Quarto


Não senhores, não virei adepto da acupuntura, agulhas continuam causando-me repulsa.
"Você mente e eu invento, foi o melhor que pensar, pq qd falei o fiz sem pensar... foi o melhor que pude pensar" Imagina o pior né? Eram palavras tão típicas dela, perfuram meu coração...
Poderia desenvolver umas 9 repostas uma mais agressiva que a outra, mas com qual objetivo? E se o fizesse seriam criações minhas ou mais mentiras para ela? Não, para ela eu nunca menti e foi esse o nosso dilema, era tudo que ela queria, mesmo que a mentirosa não acredite, afinal "Um mentiroso reconhece o outro". Ah! Se houvesse um último cigarro na janela, uma última conversa ou explicação, uma última dança ou rolê... Não baby para o gu nunca houve mentira entre nós tudo foi sempre a verdade nua e crua como navalha cortando a carne. A primeira vez que as li tinha acabado de juntar todos os cacos do meu coração e senti uma agulhada tão forte no plexo cardíaco como se me alma se despedaçasse em mil pedaços, o que me confortou que isso já tinha sido deixado com ela na separação de bens. As li, pois com certeza não havia coragem de dizê-las de viva voz cai de joelhos na frente de minha poltrona. Como todo bichinho peçonhento e covarde frente a um mínimo raio de luz do sol se encolhe com medo e foge em direção a sua toca. Avisei-a tantas vezes sobre a questão da solidificação das palavras e previsivelmente não me deu a mínima.




Não podia perder o foco naquele momento, em 27 minutos uma paciente me aguardava na poltrona para relatar o fim de seu namoro que por pura sincronicidade era sua xará, mas enfim....


Fale mais sobre isso.

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